31 de jan. de 2017

Apresentando: Death Parade


Olá, pessoas!
Faz um tempinho que terminei de ver um esse anime e como grande fã de animes reflexivos e filosóficos não poderia deixar de falar dele para vocês, já que quase ninguém falou desse anime até onde eu saiba...

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Dados


- gênero: mistério, drama, sobrenatural, psicológico
- autor: Yuzuru Tachikawa
- ano: 2015
- episódios: 12 + 1 filme

Sinopse

Pessoas sem memória da coisas que fizeram nas últimas horas de repente se veem em um bar com apensar um barman de cabelo branco e uma garçonete. Lá, eles são obrigados a jogar um jogo (escolhido por uma roleta) apostando suas vidas, mas aonde perder não necessariamente significa que irão morrer.

Fonte: Intoxi Anime

Personagens

Decim:
Garota de Cabelos Pretos:
Nona:

Minha Avaliação


OBS: não considero o que escrevi como spoiler, mas isso é relativo. Se você considerar este contendo spoiler, nas próximas resenhas não leia as minha avaliações.

Vou confessar a vocês que eu “não consigo a número cinco” sou do tipo de pessoa, que começa o anime e depois enrola para terminar porque gostou tanto do anime que não quer que ele termine. Aconteceu com praticamente todo anime que vi  — exceto alguns que enrolei por estar muito chato e um único que dropei por ser insuportável — e com Death Parade não foi diferente.

Esse anime consegue ser filosófico, reflexivo e engraçado ao mesmo tempo e na mesma dose, inicialmente. Seguindo a minha fórmula de auto-recomendação para animes adicionando uma sinopse pessoalmente intrigante, resolvi dar uma chance já que minha esperança nos animes recentes está quase nula.

O primeiro episódio, Death Billiards — que na verdade é um OVA e a partir dele fizeram o resto do anime —, deixa você no escuro igual os personagens que chegam ao bar caminhando sem se lembrarem de nada. Enquanto os recém-chegados observam o local, aproveite também e note a decoração porque é linda. Enfim, ao desenrolar o episódio vai ficando com um alto teor psicológico. Então você pensa que o resto do anime vai seguir nessa mesma linha de alto teor psicológico e bem macabro.

Ao chegar ao segundo episódio, todo o clima mórbido apresentado no episódio anterior é descartado com a música do tema de abertura muito animada e festiva e a explicação dos elementos que nos fizeram arregalar os olhos bem como é explicado mais sobre o contexto de tudo aquilo: apesar da aparência de um bar, ali é onde ocorre o julgamento das almas humanas decidindo se estas irão para o “Céu” ou “Inferno”, o bartender Decim é o juiz e a garota de cabelo preto é assistente dele.

Nos episódios seguintes é dado contexto para o ambiente sobrenatural e você passa a saber que existem outros juízes, como que eles recebem as memórias — adorei a forma que representaram as memórias e elas compiladas —, de onde os juízes vem e o objetivo principal da Nona. Infelizmente eles não explicam mais e algumas perguntas ficam sem resposta.

Enquanto tem todo esse desenrolar da ambientação do telespectador, junto vêm vários casos onde o anime também te coloca como juiz mostrando que apesar de nós humanos adorarmos julgar os outros, essa tarefa é de extrema complexidade. O único que tem acesso as memórias dos mortos, são os juízes que irão julgar as almas. Logo, nós não temos acesso a isso — dependendo do episódio vemos mais, mas em sua maioria são só lampejos no momento que os mortos se lembram da própria vida — fazendo com que tenhamos a mesma dificuldade e dúvidas apresentadas por Decim, também instigada pela assistente, após alguns episódios.

O anime tem drama para dar e vender, altas reflexões sobre vida e morte, sobre o que é certo e o que é errado, como que as circunstâncias mudam o nosso julgamento sobre o certo e errado (exemplificado no episódio 9) e teor psicológico maduro (um anime que também tem esse tipo de teor é Psycho Pass), o que torna Death Parade uma pérola em minha vida. Para uma discussão mais aprofundada seria necessário mais spoilers do que já dei.

A música do OP é muito animada e a animação da abertura deixa com um ar de cassino de Las Vegas, apesar de nos segundos finais deixar rastros de coisa importante para a estória.

Não tem como não se sentir assim com o tema de abertura.

O ED é mais melancólico, seja em animação seja em relação à música, mas muito bem feito e com direito a uma interpretação consistente quando você chega ao final do anime — porque é quando revelam muitas coisas e você consegue ligar os pontos.

O design dos personagens é, para mim, detalhista e rico em cores — os olhos dos juízes, o cabelo da Nona, o bilhar do Oculus, o bar Quindecim no geral, o andar que fica o quarto da Nona, entre outros. 

Durante a animação dá para ver bem as ondulações por causa do calor nessa 'bola de bilhar' representando o Sol. 

Outras bolas que representam outros planetas.

Eu quero uma mesa de sinuca assim!

Inicialmente estranhei o design da boca parecer ser mais baixa em todos os personagens, mas é questão de estilo do desenhista e gosto pessoal agradar ou não.

Aproveite para ver os detalhes dos olhos, do vidro atrás deles.



Existem dois episódios que possuem cenas de choro (4 e 12), que particularmente gostei por ter sentido a emoção. Não é um choro seco no sentido dos sentimentos que devem ser passados. Foram choros carregados de tristeza e desespero, condizente com a situação. Considero-as uma das melhores cenas do anime inteiro. O episódio mais estranho em relação ao contexto, para mim foi o 6 (mas também engraçado exatamente por causa disso).

Eu recomendo o anime para pessoas que gostam de drama, de analisar psicologicamente os personagens e a si mesmo, de animes curtos e todas as coisas já citadas acima. Não recomendo para pessoas menores de 16 anos devido o teor psicológico médio e várias cenas de violência mais pesada.

Espero que tenham gostado da apresentação ^^
Até!

2 comentários:

  1. Legal! Amo animes desse tipo! Traz mais! Adorei a avaliação!

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    Respostas
    1. Também adoro! Pode deixar que trago sim :)
      Se tiver algum em mente, pode deixar o nome que se eu ver ou tiver visto falo dele aqui ;)

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