Olá, pessoas!
Como Amor Doce lida com a representação de
suas personagens femininas?
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OBS¹: neste post estão as minhas opiniões com base no que vejo
durante os episódios de AD, além da minha base sobre o assunto de
representatividade feminina. Você tem todo o direito de discordar ou concordar
com elas.
OBS²: a visão e descrição sobre a personalidade das personagens
femininas que comento abaixo são a minha visão. Você pode vê-las de forma
diferente. Não venho aqui para dizer que o meu ponto de vista é verdade
universal até porque esta não existe.
Voltando...
Na postagem que cito no início da postagem de hoje, falei sobre a problemática representação
feminina em mídias audiovisuais ‘voltadas para o público feminino’ dando ênfase
aos jogos e animes, pois são as mídias que mais consumo. Apesar disso, os
pontos que falei podem ser vistos em todas as outras mídias.
Indo direto ao ponto: as personagens femininas, para mim, são bem
representadas em Amor Doc incluindo a docete. Vamos ver porquê:
A imagem que essencialmente as meninas de AD passam para mim é:
Melody - fofa e sonhadora: é líder, fica com ciúmes, com raiva, é
gentil, educada, se preocupa e é uma eterna apaixonada pelo Nathaniel.
Rosalya - sexy e sonhadora: sabe costurar, corre atrás do que
quer, apaixonada pelo Leigh, se preocupa, tem ideias mirabolantes e é uma super
amiga.
Violete - fofa e tímida: sabe desenhar, não tem muita
autoconfiança e impetuosidade, mas tenta ajudar os amigos mesmo que às vezes
não diretamente.
Iris - gentil e animada: saber tocar guitarra, se preocupa, é
amiga, muito atrapalhada, não tem muita impetuosidade e autoconfiança assim
como Violette.
Priya - sexy e gentil: inteligente, educada, tem autoconfiança, é
brincalhona, é impetuosa.
Kim – menina-moleque: esforçada, nada delicada, amiga, é
impetuosa, brincalhona.
Peggy – forte e incomum: esforçada, corre atrás do que quer.
Viu que em todas elas tem, pelo menos, uma das características do padrão de
uma personagem feminina? Gentil, educada, tímida, fofa, sexy, se
preocupa, costura, desenha, cozinha, são apaixonadas. Mas nenhuma delas é
inutilizada e fragilizada. Todas têm suas forças. Algumas mais outras menos,
porque ninguém é igual, mas têm. A que se aproxima mais do perfil estereotipado
de garotas é a Violette, mas isso não é um problema, pois existem meninas assim
e elas também precisam se identificar o problema é quando todas compartilham
desse estereótipo com algumas mudanças superficiais.
Ser apaixonada não
tirou as capacidades como ser humano delas. Ser sonhadora não as torna inúteis. Ser inteligente não as tornou superiores ou inferiores. Ser fofa não as
fragilizou. A própria docete, independente das escolhas, é amiga, se preocupa,
é gentil, educada, atrapalhada, faz um monte de burrices, se apaixona, fica com
raiva. Tudo como um ser humano normal. Uma representação certa faz com que você
se identifique, crie laço e empatia.
Em vários conteúdos audiovisuais, as personagens femininas quando
ficam com raiva é só para passar aquela de ‘irritadinha’ e deixar cômica a
cena. Elas precisam ser boazinhas, pois as únicas más são as vilãs e ninguém
quer ser o vilão. Refletindo sobre isso, trás à tona outro ponto interessante
em Amor Doce: a opção de escolhas que não fazem a docete ser uma pessoa boa o
tempo todo como — porque ninguém é bom o tempo todo. No episódio em que a Priya
chegou à escola e que o povo ficou reclamando que só teve imagem dos
paqueras com a Priya e mimimi, teve uma parte que tínhamos a escolha de
ajudar a Violette ou ir direto para a Biblioteca. Se você ajudar a Violette,
não ganha a imagem do Nathaniel. A docete tem que ser egoísta para conseguir
certas coisas. E a vida é assim mesmo, egoísmo e solidariedade andam juntas e
devem ser equilibradas. Nos episódios iniciais era bem rasa essa questão de
escolher o politicamente correto ou o politicamente incorreto, mas depois
começaram a desenvolver melhor isso.
Não falo sobre Ambre, Li, Bia e
Charlotte, pois elas estão ali mais como antagonistas da docete, as garotas
malvadas que toda escola tem (?). Então elas não têm grandes desenvolvimentos
de personalidade além da superfície soberba e chata. Se bem que percebi um
início de desenvolvimento em relação à Bia no episódio 30, mas como não cheguei
a um episódio que tenha algo significativo não posso falar nada.
A amizade entre as meninas não é impedida por namoro ou qualquer
coisa relacionada a homens, como fazem questão de impor para nós no mundo real. E a
reação das jogadoras (ficaram reclamando dela, dizendo que ela estava ‘dando em
cima’ de todos os meninos, xingaram ela e etc) em vários lugares da internet no
episódio que a Priya chegou à escola, reflete a naturalização dessa visão em
que mulheres só são amigas até terem um namorado, porque depois disso elas são
falsas. [passe o mouse para ler] >> Ao jogar o episódio, fiquei me perguntando onde que ela
estava dando em cima dos garotos....ela estava sendo simpática. A docete ficou
de birra com a Priya, porque ela gosta de ser o centro das atenções e já tinha
passado um problema com a Debrah. Então em parte ela estava certa em
desconfiar, mas a maior parte ela ficou inventando coisas mentalmente que a
justificasse de ficar com ciúmes da novata. <<
Em várias partes do jogo podemos ver que eles não reforçam essa
ideia com a Rosalya, que é a melhor amiga da docete, e não fica de mimimi em
relação ao namorado. Agora com os episódios onde efetivamente a docete está
namorando, não sabemos como vai ficar.
Por fim, esta é a minha visão sobre como Amor Doce lida com a
representatividade feminina, garantindo personagens representadas como garotas
de forma justa e minimamente machista. Mesmo sendo um jogo de namoro
heterossexual, as garotas têm presença forte e digna.
E vocês? O que acham?
E não posso deixar de perguntar: qual personagem feminina vocês
gostam mais? As minhas favoritas são a Rosa, a Priya e a Kim.
Até!
Rosa, priya, violet e a ltety
ResponderExcluirEu também acho a Lety muito legal e divertida. Rio horrores quando ela aparece!
ExcluirObrigada pelo comentário <3
Amei!! Ontem foi aniversáro do Kentin vocês podiam fazer um post sobre!
ResponderExcluirQue bom que gostou do post!!
ExcluirPodemos sim <3 É uma boa ideia.
Obrigada pelo comentário :)
Na minha opinião, a partir de agora vai ter um desenvolvimento maior das personagens, pois se fala mais disso *no mundo*. Tipo, quando AD começou de fato, o feminismo não estava em alta, e mesmo se estivesse naquela época, muitas mulheres possuem resistência na hora de aprender/desaprender algumas coisas e nós não conhecemos a Chino pra saber. Mas acho que você está certa num aspecto: nenhuma delas é frágil ou inutilizada, e acho que isso é uma falha. Claro, me lembro que isso é uma história para meninas novas, mas ao mesmo tempo... Conheço MUITAS meninas da minha idade (obs. tenho 20) que quando tinham 13, 14 anos, tinham depressão. Acho que criar aspectos frágeis nas personagens por qualquer motivo que seja - traumas, saúde mental, criação, etc - deve ser acrescentado e deve ser utilizado numa narrativa, uma vez que isso compõe as personagens! E na minha opinião, por mais que cada uma delas tenha uma personalidade própria, as vezes eu sinto que elas são todas iguais, de certa forma. A Priya chegou quebrando tabus, e isso é ótimo, ela se apresentou de uma maneira muito boa, principalmente quando ela lidou com a Amber! Ela é a personagem feminina que mais tem coragem, e não só isso, estaria disposta a um ataque REAL, entende? Eu acho que faltam defeitos nas personagens. Eu acho que falta fragilização nelas. Mas eu tenho que aprender também a baixar a bola, já que eu não posso esperar muito de um jogo de adolescentes. E ao mesmo tempo, eu TENHO que esperar muito, pois isso forma a cabeça das meninas que estão jogando. Não sei se a Chino pensa dessa forma, eu imagino que a noção da responsabilidade pese nos ombros dela, mas não tanto quanto eu gostaria. Enfim, nois
ResponderExcluirMinhas personagens preferidas são a Roslaya e a fofa da Violette!!
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