Olá, pessoas!
Faz um tempinho que terminei de ver um esse
anime e como grande fã de animes reflexivos e filosóficos não poderia deixar de
falar dele para vocês, já que quase ninguém falou desse anime até onde eu
saiba...
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Quindecim!
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Dados
- gênero: mistério, drama, sobrenatural,
psicológico
- autor: Yuzuru Tachikawa
- ano: 2015
- episódios: 12 + 1 filme
Sinopse
Pessoas sem memória da coisas que fizeram nas últimas horas de repente se veem em um bar com apensar um barman de cabelo branco e uma garçonete. Lá, eles são obrigados a jogar um jogo (escolhido por uma roleta) apostando suas vidas, mas aonde perder não necessariamente significa que irão morrer.
Personagens
Decim:
Garota de Cabelos Pretos:
Nona:
Minha Avaliação
OBS: não considero o que escrevi como spoiler, mas isso é relativo. Se você considerar este contendo spoiler, nas próximas resenhas não leia as minha avaliações.
Vou confessar a vocês que eu “não consigo a
número cinco” sou do tipo de pessoa, que começa o anime e depois enrola
para terminar porque gostou tanto do anime que não quer que ele termine.
Aconteceu com praticamente todo anime que vi — exceto alguns que enrolei por
estar muito chato e um único que dropei por ser insuportável — e com Death Parade
não foi diferente.
Esse anime consegue ser filosófico, reflexivo
e engraçado ao mesmo tempo e na mesma dose, inicialmente. Seguindo a minha
fórmula de auto-recomendação para animes adicionando uma sinopse pessoalmente intrigante, resolvi dar uma chance já
que minha esperança nos animes recentes está quase nula.
O primeiro episódio, Death Billiards — que na verdade é um OVA e a partir dele fizeram o resto do anime —, deixa
você no escuro igual os personagens que chegam ao bar caminhando sem se lembrarem
de nada. Enquanto os recém-chegados observam o local, aproveite também e note a
decoração porque é linda. Enfim, ao desenrolar o episódio vai ficando com um
alto teor psicológico. Então você pensa que o resto do anime vai seguir nessa
mesma linha de alto teor psicológico e bem macabro.
Ao chegar ao segundo episódio, todo o clima
mórbido apresentado no episódio anterior é descartado com a música do tema de
abertura muito animada e festiva e a explicação dos elementos que nos fizeram
arregalar os olhos bem como é explicado mais sobre o contexto de tudo aquilo:
apesar da aparência de um bar, ali é onde ocorre o julgamento das almas humanas
decidindo se estas irão para o “Céu” ou “Inferno”, o bartender Decim é o juiz e
a garota de cabelo preto é assistente dele.
Nos episódios seguintes é dado contexto para o
ambiente sobrenatural e você passa a saber que existem outros juízes, como que
eles recebem as memórias — adorei a forma que representaram as memórias e elas
compiladas —, de onde os juízes vem e o objetivo principal da Nona.
Infelizmente eles não explicam mais e algumas perguntas ficam sem resposta.
Enquanto tem todo esse desenrolar da
ambientação do telespectador, junto vêm vários casos onde o anime também te
coloca como juiz mostrando que apesar de nós humanos adorarmos julgar os
outros, essa tarefa é de extrema complexidade. O único que tem acesso as
memórias dos mortos, são os juízes que irão julgar as almas. Logo, nós não
temos acesso a isso — dependendo do episódio vemos mais, mas em sua maioria são
só lampejos no momento que os mortos se lembram da própria vida — fazendo com
que tenhamos a mesma dificuldade e dúvidas apresentadas por Decim, também
instigada pela assistente, após alguns episódios.
O anime tem drama para dar e vender, altas reflexões
sobre vida e morte, sobre o que é certo e o que é errado, como que as
circunstâncias mudam o nosso julgamento sobre o certo e errado (exemplificado no
episódio 9) e teor psicológico maduro (um anime que também tem esse tipo de
teor é Psycho Pass), o que torna Death Parade uma pérola em minha vida. Para
uma discussão mais aprofundada seria necessário mais spoilers do que já dei.
A música do OP é muito animada e a animação da
abertura deixa com um ar de cassino de Las Vegas, apesar de nos segundos finais
deixar rastros de coisa importante para a estória.
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Não tem como não se sentir assim com o tema de abertura. |
O ED é mais melancólico,
seja em animação seja em relação à música, mas muito bem feito e com direito a
uma interpretação consistente quando você chega ao final do anime — porque é
quando revelam muitas coisas e você consegue ligar os pontos.
O design dos personagens é, para mim,
detalhista e rico em cores — os olhos dos juízes, o cabelo da Nona, o bilhar do
Oculus, o bar Quindecim no geral, o andar que fica o quarto da Nona, entre
outros.
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Durante a animação dá para ver bem as ondulações por causa do calor nessa 'bola de bilhar' representando o Sol. |
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Outras bolas que representam outros planetas. |
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Eu quero uma mesa de sinuca assim! |
Inicialmente estranhei o design da boca parecer ser mais baixa em todos
os personagens, mas é questão de estilo do desenhista e gosto pessoal agradar
ou não.
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Aproveite para ver os detalhes dos olhos, do vidro atrás deles. |
Existem dois episódios que possuem cenas de
choro (4 e 12), que particularmente gostei por ter sentido a emoção. Não é um
choro seco no sentido dos sentimentos que devem ser passados. Foram choros
carregados de tristeza e desespero, condizente com a situação. Considero-as uma
das melhores cenas do anime inteiro. O episódio mais estranho em relação ao
contexto, para mim foi o 6 (mas também engraçado exatamente por causa disso).
Eu recomendo o anime para
pessoas que gostam de drama, de analisar psicologicamente os personagens e a si
mesmo, de animes curtos e todas as coisas já citadas acima. Não recomendo para
pessoas menores de 16 anos devido o teor psicológico médio e várias cenas de
violência mais pesada.
Espero que tenham gostado da apresentação ^^
Até!
Legal! Amo animes desse tipo! Traz mais! Adorei a avaliação!
ResponderExcluirTambém adoro! Pode deixar que trago sim :)
ExcluirSe tiver algum em mente, pode deixar o nome que se eu ver ou tiver visto falo dele aqui ;)